terça-feira, 1 de maio de 2007

1º de Maio

Dia do Trabalhador. Os trabalhadores aproveitam este dia para alertar os governantes e entidades para algumas das suas necessidades, tais como: direitos dos trabalhadores, aumento de salários e melhores condições. Em África, os direitos dos trabalhadores têm evoluído positivamente, vive-se melhor do que há 10 ou 15 anos atrás, mas continua-se a divergir da média mundial, a afastar-se a um ritmo demasiado acelerado. Temos especialmente muito bons salários para alguns e os avanços legislativos e da democracia não se traduzem muitas vezes na prática, face à constante violação sistemática da Lei, sinistralidade laboral e negociação colectiva bloqueada.

O crescimento económico generalizado e o aumento da produtividade são insuficientes para reduzir o número crescente de desempregados e de trabalhadores pobres. Não se criam automaticamente empregos suficientes e os novos empregos não garantem a redução da pobreza. As previsões apontam para uma estimativa de 11 milhões de novos empregos por ano para baixar o nível de desemprego no continente à média mundial. Estima-se também uma taxa de desemprego de 10,3 por cento, contra uma média mundial de 6,3 por cento em 2006. O número de trabalhadores pobres deverá aumentar em mais de 50 milhões de pessoas até 2015. A capacidade das economias africanas em criar empregos é muito fraca, com apenas 8,6 milhões de empregos por ano. As oportunidades de empregos para as mulheres e os jovens, na maior parte dos mercados de trabalho africano, são limitadas. Os jovens africanos são três vezes mais expostos ao desemprego do que os adultos, embora a maior parte dos africanos trabalhem no sector da economia de subsistência. O trabalho infantil continua a ser um dos grandes males do continente. Apesar da percentagem de crianças entre 5 e 14 anos que trabalham ter caído dos 29% em 2000 para 26% em 2004, o número também subiu de 48 milhões a 49,3, devido ao aumento da população. Até 2015, a redução para metade da pobreza extrema terá que ter um impulso acima desta média e uma estratégia de crescimento centrada no emprego mais orientada para políticas sobre a incapacidade de África em criar mais empregos e melhor remunerados. Logo, há que unir esforços e critério de rigor ético, exigência e competência.

2 comentários:

Ana Fernandes disse...

Ola!

O meu comentário basear-se-á em 2 perguntas:

1. Vi a minha pagina pessoal entre os links deste blog. Fiquei lisongeada...mas fiquei curiosa: como foi que descobriram o meu blog? Apesar de eu ter linkado o "causa africana" ao meu, nunca havia interagido com o mesmo.

2. Para quando um post àcerca de empreendedorismo? Existem jovens africanos que gostariam de se aventurar nisto. Falar mais sobre o assunto certamente ajudaria muito.

Parabéns por este post. É sempre bom saber das coisas de forma quantificável.

Um abraço,

Ana.

Izidine.Abdul.Cadir disse...

Olá. Obrigado por estas palavras. O teu blog apareceu linkado, porque tem sido via usada de visitas, por teus visitantes (sitemeter). Após uma análise, achei-o interessante. Era um complemento do meu caminho. O teu sentimento, de uma pessoa culta, no regresso a África, fortificava ideias, no novo empreendedorismo do século XXI dos jovens africanos. Abordo o empreendedorismo de forma indirecta. Há tanto por falar que muita das vezes, o verdadeiro sentido, pode vir a perder-se. No entanto, os post’s seguintes vão acentuar essa necessidade, pois o mais importante é essa luz e essa força. Volte sempre. Um xi-coração. Izidine