sábado, 17 de novembro de 2007

Panorama económico de África

O último relatório do Banco Mundial: 'Indicadores de Desenvolvimento em África' para 2007 (analise aqui,), mostra que é necessário um investimento contínuo para sustentar um desenvolvimento no continente a longo-prazo. Caso contrário, poderá aumentar o fosso entre as nações ricas e as nações com uma economia parada. Segundo John Page, representante económico em África do Banco Mundial, 'pela primeira vez em cerca de 30 anos, vê-se um grande número de países africanos que começaram a mostrar um crescimento económico sustentado, com taxas semelhantes à de outros países em desenvolvimento de todo o mundo, excedendo a taxa de crescimento de países mais desenvolvidos'. A chave de tal evolução, é que "África aprendeu a negociar mais eficazmente com o resto do mundo, a confiar mais no sector privado e a evitar os sérios colapsos no crescimento económico que caracterizaram os anos 70, 80 e inícios dos anos 90.' Para as grandes mudanças em África, destacam-se três grupos distintos: os países exportadores de petróleo; os países em expansão, com diversidade económica; e os países que têm poucos recursos naturais, que são propícios a conflitos e que têm um pequeno ou mesmo inexistente crescimento. As desigualdades entre as taxas de crescimento destes grupos aumentam o risco de divisão do continente entre países que se tornam ricos e irradicam a pobreza e, países que continuam estagnados. Por exemplo, 60.5% do total do investimento estrangeiro líquido na África sub-saariana em 2005 foi para os países exportadores de petróleo. África do Sul e Nigéria possuem mais de metade do produto interno bruto da região. Infraestruturas fracas e os elevados custos de exportação de África, comparados com outras regiões do mundo, têm atrasado a evolução no continente, mais do que falhas existentes de empresas ou trabalhadores africanos. A volatilidade na África sub-Saariana tem dificultado o investimento. A corrupção é também um factor que limita investimentos importantes nas áreas da educação e saúde, 'o melhor exemplo disso reside nas economias ricas em recursos, onde estes são entregues a um número reduzido de corporações e governos'.

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