quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

BAD

A grande razão e motivação de embarcar na aventura do BAD (Tunes), não pelo BAD em si, per si, enquanto organização internacional, foi a de um mundo a explorar. Um mundo 60% africano e 40% "resto" ("le monde à l'inverse"). Um mundo onde os interesses globais (e individuais), mais ou menos nobres e "desinteressados", de 53 membros regionais e 24 não regionais, convergem para África, passam por África. Um mundo onde sobreviver, ser aceite e conseguir mostrar o que se vale não é tão evidente e "democrático". Isto, segundo uma economista-estagiária (in: "Jornal de negócios de 5/2/2007"), cujo objectivo oficial foi colaborar com economistas responsáveis pelos PALOP. Numa instituição maioritariamente africana, machista e sénior, ser mulher europeia e nova é o inferno! Não um descrédito total mas está lá próximo. As intenções até podem ser boas (ou puramente más), mas as acções, essas, deixam a desejar! De inspiração passou para "falta de respiração". Ideologias e convicções foram desmoronando. O foco o BAD. O drama o BAD. A luta o BAD. Os jogos de influência e de poder influem em toda e qualquer actividade quotidiana, que as nacionalidades, crenças, raízes, estatutos coexistem num caos instituído que, não se sabe como, faz girar a máquina badiana. Cada dia, um teste diferente: à resistência, ao poder de encaixe, à persistência (pior, à paciência). Mensagens cruzadas, ordens e orientações contraditórias ("um" quer proactividade e ideias novas, contributos de fora, outra percepção e dinamismo; o outro não quer ouvir um não, menos ainda saber da iniciativa, opiniões ou ideias; quer um robot!). Se de início chocam e deixam perdido, lentamente, à medida que se insere na organização, deixam de perturbar, porque quando se quer ir a algum lado, tem de se entrar no jogo.

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