sexta-feira, 23 de maio de 2008

Por África_2008

2008 é o “ano internacional da batata”, para uma cultura de sustentabilidade, reforçada com um conceito de futuro, exigível no desenvolvimento harmonioso homem vs natureza, mas que se vê confrontado com a crise mundial, de indicadores desfavoráveis na vertente económica, social e ambiental.
Uma crise de perdas ainda não estimadas por não ter um fim a vista ora devido a insistente especulação do valor do crude que bate máximos sucessivos e ora a aumentos desmedidos dos preços dos cereais resultante do aumento do consumo na China e Índia vs redução da produção por alterações climatéricas.
O equilíbrio é o novo e único desafio africano por não ter sabido aproveitar de forma útil as ajudas externas e disponibilidade de muitos jovens formados, a nível superior, para uma nova África, gerando assimetrias sociais extremas, e que por tal deve-se interpelar a sociedade, mobilizando-a activamente para a reflexão e construção do verdadeiro modelo africano de desenvolvimento.
Com esta crise, espera-se uma adopção de estratégias, políticas e processos organizativos que implementem transversalmente uma nova cultura aproveitando conselhos muitas vezes dados aos dirigentes para uma sã evolução de África que deve procurar-se ter uma postura e saber intelectual de modo a convencerem-se de que o poder de dirigir conquista-se natural e espontâneamente e não se combate para ter, poque as coisas só surgem e têm consistência quando de facto são ganhas através dos resultados e das prestações que se faz. O que conta, nisto tudo, é a nossa credibilidade e essa não se consegue nem com favores políticos e sociais. As coisas fluem naturalmente como consequência lógica da seriedade com que se trabalha, tanto em relação aos outros, como sobretudo em relação a nós próprios porque não podemos ser sérios para os outros se não formos sérios connosco.