sábado, 24 de novembro de 2007

Valia do empreendedorismo

O empreendedorismo, captação de uma ideia para a vida, anda em voga por todo o mundo mas em África, parece haver alguma confusão, parece não se perceber, não se entender, qual o seu verdadeiro significado. Todos sabem que o conceito de empreendedorismo existe há já bastante tempo e tem sido utilizado com diferentes significados, apesar da sua popularidade ter renascido nos últimos tempos, como se de uma nova descoberta fosse. Evolução de um conceito ou um conceito em evolução? A palavra empreendedorismo deriva do francês "entre" e "pendre" que significa qualquer coisa como "estar no mercado entre o fornecedor e o consumidor". Tomar decisões é a chave do empreendedor sobre obter e usar recursos assumindo o risco empresarial, de modo a transformar recursos em produtos e serviços úteis, criando a partida oportunidades para levar ao crescimento, sem olhar para quem controla os recursos, sustentando-se sempre em fontes de inovação, aplicadas a princípios da inovação de sucesso. O empreendedorismo que vai muito além da criação de negócio, para que África ressurja das cinzas de um passado marcado por factores negativos, deve assentar em certos tipos de valores para catapultar a mentalidade, "fontes de destruição criadora", através de um empreendedorismo por necessidade, ético, de capital, electrónico, familiar, comunitário, municipal, estatal, local, de idosos, mulheres e jovens. Com estes valores, obtém-se aquilo que todos anseiam, a valia global do empreendedorismo africano

sábado, 17 de novembro de 2007

Panorama económico de África

O último relatório do Banco Mundial: 'Indicadores de Desenvolvimento em África' para 2007 (analise aqui,), mostra que é necessário um investimento contínuo para sustentar um desenvolvimento no continente a longo-prazo. Caso contrário, poderá aumentar o fosso entre as nações ricas e as nações com uma economia parada. Segundo John Page, representante económico em África do Banco Mundial, 'pela primeira vez em cerca de 30 anos, vê-se um grande número de países africanos que começaram a mostrar um crescimento económico sustentado, com taxas semelhantes à de outros países em desenvolvimento de todo o mundo, excedendo a taxa de crescimento de países mais desenvolvidos'. A chave de tal evolução, é que "África aprendeu a negociar mais eficazmente com o resto do mundo, a confiar mais no sector privado e a evitar os sérios colapsos no crescimento económico que caracterizaram os anos 70, 80 e inícios dos anos 90.' Para as grandes mudanças em África, destacam-se três grupos distintos: os países exportadores de petróleo; os países em expansão, com diversidade económica; e os países que têm poucos recursos naturais, que são propícios a conflitos e que têm um pequeno ou mesmo inexistente crescimento. As desigualdades entre as taxas de crescimento destes grupos aumentam o risco de divisão do continente entre países que se tornam ricos e irradicam a pobreza e, países que continuam estagnados. Por exemplo, 60.5% do total do investimento estrangeiro líquido na África sub-saariana em 2005 foi para os países exportadores de petróleo. África do Sul e Nigéria possuem mais de metade do produto interno bruto da região. Infraestruturas fracas e os elevados custos de exportação de África, comparados com outras regiões do mundo, têm atrasado a evolução no continente, mais do que falhas existentes de empresas ou trabalhadores africanos. A volatilidade na África sub-Saariana tem dificultado o investimento. A corrupção é também um factor que limita investimentos importantes nas áreas da educação e saúde, 'o melhor exemplo disso reside nas economias ricas em recursos, onde estes são entregues a um número reduzido de corporações e governos'.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ricos e pobres em África

A globalização expansionista, adormece as pessoas (veja China) que aceitam uma visão da sociedade de produção e consumo sempre em expansão, uma sociedade em que o poder está nas mãos de uma pequena e forte elite económica facilitadora duma gestão eficiente do processo de produção/consumo derivadoras de todas as coisas boas da vida, mas em que a maioria das pessoas têm pouco poder de participação: direitos humanos atropelados, dignidade humana desrespeitada, desenvolvimento humano entravado e ambiente indiscriminadamente explorado. Este tipo de modelo económico-social, em expansão em África, não apresenta igualdade de oportunidades e muito menos valoriza o cidadão africano. No futuro para que o fosso entre ricos e pobres, que aumenta substancialmente, venha a diminuir de uma forma sustentável, justa e virtuosa é necessário actuar-se de forma eficiente, gerando externalidades empreendedoras em sete vectores chaves: governação (transparência e eficácia), educação (ensino, grau e qualidade de qualificação), formação ao longo da vida (novas oportunidades), serviços públicos (abragência, incidência, gratuidade e qualidade dos serviços), rede de protecção social (saúde, higiene, segurança, trabalho e acesso aos serviços públicos fundamentais pelos mais desfavorecidos), concorrência (mercado aberto, flexível e de verdadeira concorrência) e impostos (sistema de cobrança fiscal claro, simples e progressivo).

sábado, 3 de novembro de 2007

Ranking de competitividade global 2007-2008

Segundo o Fórum Económico Mundial (FEM), em termos de competitividade global, nos 10 últimos lugares estão 7 países do continente africano (veja aqui), Zâmbia no 122 ° lugar, Etiópia (123), Lesoto (124), Mauritânia (125), Moçambique (128), Zimbabué (129), Burundi (130) e Chade (131). Este relatório global de competitividade apresenta vários indicadores sobre o nível de desenvolvimento dos países. O indicador global de competitividade está organizado em 12 pilares (contra nove na edição anterior), dividos em 3 grupos: requisitos básicos (instituições, infra-estruturas, estabilidade macroeconómica, saúde e educação), impulsionadores de eficiência (mercados financeiro e laboral, formação, utilização das tecnologias, entre outras variáveis) e os factores de inovação e sofisticação (tamanho do mercado, sofisticação do negócio e inovação). Nos 10 primeiros lugares, liderança dos EUA, estão 6 países da UE (Dinamarca, Suécia, Alemanha, Finlândia, Reino Unido e Holanda).

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Fundos para o empreendedorismo

Um grande exemplo para ser seguido. A Ebay, a maior companhia online de leilões do mundo, criou um website (clique aqui) que permite às pessoas investir em empréstimos que ajudam pessoas a sair da pobreza, tendo em conta que negócios, não são caridade. O website, chamado MicroPlace, actua como um corretor entre os investidores comuns e as organizações de micro-finanças. Por tão pouco, como 100 dólares, os investidores norte-americanos poderão ajudar os empresários nos países pobres, sejam eles vendedores de café no Cambodja, ou cabeleireiros no Gana (leia aqui).