quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Os melhores países de África

Segundo a Fundação Mo Ibrahim, os melhores países de África, entre 48 dos 52 países (não contempla os países ao Norte do Sara) em termos de Segurança, Transparência e Corrupção, Direitos Humanos, Desenvolvimento económico sustentável, e Desenvolvimento Humano, são as Maurícias, Seychelles, Bostswana, Cabo Verde (melhorou face ao ano passado) África do Sul, Gabão, Namíbia, Gana, Senegal e São Tomé e Príncipe. (Analise aqui)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Túnel Europa - África

Enquanto se discute a presença de Mugabe em Lisboa, tendo a UE em vigor sanções contra o regime de Mugabe desde Fevereiro de 2002 (proibição de vistos, congelamento de activos e embargo ao fornecimento de armas, principalmente dirigidas contra os responsáveis governamentais e altos funcionários do país), planos dos governos de Espanha e de Marrocos de ligarem os continentes, Europeu e Africano, tem estado nos últimos tempos a ganhar dimensão, conscientes dos riscos mas esperando que com a ligação ferroviária se dê um passo enorme, resultante dos avanços da ciência e das novas técnicas de controlo do custo inicial da obra orçada em 10 mil milhões de euros.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Processo de globalização

O processo em curso, controlado e determinado pelos grandes investidores estrangeiros, agrava as desigualdades entre continentes, entre países, entre regiões, entre pessoas. O Mercado e sobretudo o Dinheiro, são soberanos das decisões e árbitro dos conflitos, moldando a sociedade, imperando a lei do mais forte, onde não se olha aos danos colaterais provocados pela colonização e guerra económica em curso. O Mercado cego, não vê, ou ignora, todos os efeitos negativos que provoca. Os economistas convencionais, chamam a este fenómeno de externalidades, para não os incluir nos custos e justificar preços artificiais. Estes efeitos são visíveis, por um lado, no meio ambiente, não se dá vazão aos eflúvios da produção e do consumo, reduzindo a biodiversidade e esgotando as matérias-primas essenciais, e por outro lado, no aumento das injustiças sociais, da pobreza, da exclusão, da violência, da criminalidade, do declínio de territórios imensos, tanto em meio rural como em meio urbano.
O cidadão africano exige que haja um resolução ou minimização imediata do problema que está na sua origem, como sobretudo actuar-se sobre as suas causas e capacitar as pessoas afectadas para que de uma forma mais autónoma, construam as bases necessárias para um futuro comum, menos incerto e capaz de garantir melhores condições materiais e imateriais de vida. Os territórios em declínio, com forte despovoamento e/ou envelhecimento, pessoas excluídas ou em forte risco de exclusão, necessitam dum processo de natureza educativa e de medidas substantivas onde se adopte cursos de segunda oportunidade escolar ou de formação profissional, incentivos ao auto-emprego e à microempresa, acompanhadas por um processo intenso de forma a transformar os cidadãos em efectivos participantes do processo em curso, apoiando-os num percurso que lhes permita atingir com sucesso os projectos pessoais ou colectivos em que se revejam, se responsabilizam e para os quais se sintam confiantes e capazes. É uma função crucial a desempenhar, sobretudo tendo em vista a inclusão da população africana marginalizada do acesso a serviços e bens essenciais à sua qualidade, e uma função que o Estado não cumpre e o Mercado recusa, por se tratar de uma clientela insolvente, logo de fácil montra a pedidos de ajuda financeira externa que serve, em grande medida, para outros fins.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Intervenção crescente da China em África

O comércio bilateral entre a China e os países de língua portuguesa aumentou cerca de 60% no 1º semestre, para 18,8 mil milhões de dólares (segundo a agência noticiosa portuguesa Lusa). Este fluxo deve atingir os 50 mil milhões de dólares até 2009, cujas relações económicas bilaterais será moldado cada vez mais por oscilações de vantagens comparativas e alterações nas cadeias globais de abastecimento. As exportações africanas para a China cresceram mais de cinco vezes desde o ano 2000, tendo atingido 28,8 mil milhões de dólares no ano passado; a China exportou em 2006 quase 27 mil milhões de dólares para o continente africano, também um crescimento de cinco vezes no referido período. As importações africanas da China são constituídas principalmente por bens manufacturados (45%) e maquinaria e equipamento de transportes (31%), enquanto as chinesas repartem-se pelo petróleo (62%) e derivados (13%) e outros (17%), em que se incluem produtos agrícolas. Neste sector, há em África uma grande procura por satisfazer mas cabe aos governos assegurar o correcto aproveitamento, a nível económico e social, nos respectivos países, dos dividendos do processo de interligação crescente.

sábado, 1 de setembro de 2007

Empobrecimento do solo africano

A dotação no continente africano, de capacidade e infra-estruturas minimamente eficientes, promovendo mais emprego, mais produção e menos dependência de ajuda externa, e sua integração na grande rota comercial da globalização tem causas, os impactes ambientais.