terça-feira, 27 de março de 2007

Marca "África"

Duma cultura marcadamente material, na viragem do novo século, passamos para uma cultura de bens imateriais. Uma subjectivadade na era da mundialização em que os países do continente africano são movidos pelas estratégias de equilíbrio geográfico. O carácter apaixonante e frequente do debate da marca, é um indicador da importância que ela adquiririu e de uma nova sensibilidade da opinião pública a este respeito. Mostrar sem disfarce e, às vezes, com rispidez, qualidades, fraquezas, virtudes e inclinações menos admissíveis do valor e da conduta, advém do facto, concerteza consensual, que a percepção que se tem de África e dos países que a constituem passa, em larga medida, pela sua identidade cultural. Enfim, a marca oferece-nos um espelho para o qual olhamos, tal como somos e não como gostariamos de parecer que fossemos. Sabe-se que quando as economias entram em crise as classes médias ficam mais fragilizadas, os pobres mais pobres e os ricos ainda mais ricos. Enquanto os pobres definham, os ricos tornam-se freneticamente sedentos de simbologias de exclusividade e diferenciação social. Nada de misturas! Por sua vez, os remediados tornam-se imprevisíveis: Uns, sem solução, acabam por se colar inevitavelmente aos mais pobres e outros vão procurar igualar, artificialmente, os hábitos e os vícios dos mais abastados. A marca emerge, neste cenário, como decisiva e como tal, não deve ser descurada, enquanto espécie da nova economia:
1) Melhorar a reputação internacional de África, enquanto Continente;
2) Facilitar o aumento das exportações dos países de África nos mercados externos;
3) Contribuir para uma cultura organizacional mais orientada para o mercado global e mais centrada, na inovação e no aumento da produtividade;
4) Contribuir para uma cultura institucional mais eficaz, no Comércio, Turismo e Investimento;
5) Criar um instrumento de monitorização contínua da evolução da percepção de África e da eficácia das acções da sua promoção.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Água

Comemora-se hoje o Dia Mundial da Água. Uma data que em vez de ser de celebração, deve ser de reflexão. Dentro de pouco tempo, se nada for feito, mais de metade da população mundial vai ficar sem água potável. Praticamente todos os estudos feitos sobre esta matéria mostram cenários catastróficos. A falta de água não se deve exclusivamente à poluição ou ao consequente aquecimento global do planeta. "O problema básico é a pobreza, não a água", segundo o economista Chuck Howe, da Universidade de Colorado, pois os países em vias de desenvolvimento são os que se dedicam sobretudo à agricultura. E os sistemas de irrigação agrícola e a utlização pouco racional dos recursos hídricos são os principais responsáveis pela extracção excessiva de água do solo.
África está muito aquém dos objectivos de desenvolvimento em matéria de água e saneamento. As principais necessidades sociais como a educação estão estreitamente relacionadas com a água potável e a higiene. As doenças com origem na água consomem as energias e a capacidade de aprendizagem das crianças. Todos os dias, há imensas crianças que não vão à escola por causa de doenças como a diarreia e os parasitas intestinais. Por outro lado, a falta de instalações sanitárias decentes e diferenciadas nas escolas é um obstáculo à escolarização de muitas raparigas. Uma criança que cresce nestas condições tem muito poucas hipóteses de escapar à pobreza. As comunidades pobres vêem o seu potencial humano depauperado por doenças constantes e pela morte. O subdesenvolvimento crónico é uma consequência inevitável. Estima-se que os dias perdidos de escola ou de trabalho representem uma perda de produtividade anual de cerca de 63 mil milhões de USD. As décadas de conflitos, a má gestão da terra pobre e o impacte da seca crescente deixa a maior parte das crianças à mercê de uma grave escassez de água. Mais de 42 por cento da população não tem acesso à água potável e apenas 36 por cento têm acesso a instalações sanitárias. Investir é fundamental.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Dia Mundial da Poesia

Comemora-se hoje, mundialmente, o dia da Poesia, arte de fazer versos. Todos temos um potencial de criatividade, embora quase nunca o admitamos. Por pudor, por défice de auto-conhecimento, por desmotivação, ou simplesmente por pretensa falta de oportunidade, não conseguimos ver como pessoas criativas. Ou por também confundirmos conceitos, não distinguindo criatividade de inovação ou de originalidade. Tal confusão inibe-nos de perceber como e em quê podemos exercitar a nossa criatividade. Achamos que a criatividade é como uma marca de nicho: só para "eleitos". O consenso generalizado afirma que a criatividade é um dom de poucos e que a grande maioria dos adultos, dos analfabetos, é dele desprovida. Porque a condição humana é mesmo assim. Mais um estigma social. No entanto, a criatividade é um processo individual ou colectivo, presente em todos os domínios da actividade humana e que gera novas soluções com utilidade prática: na família, no ensino, na profissão, no lazer. A criatividade não é um privilégio de elites, profissionais ou outras. É uma competência que se pode identificar e desenvolver em qualquer pessoa, grupo ou organização. Tem ingredientes típicos, com dosagem variada consoante a situação. Uma "expertise" própria e saberes específicos. Um pensamento flexível e imaginativo. E motivação. Muita motivação. Porque a criatividade exige esforço intenso e regular. É uma "energia" que faz falta em todo e qualquer aspecto da actividade organizacional. O poema África dedicado a causa africana.



Dias Internacionais Observados pela Assembleia Geral das Nações Unidas
21 Fevereiro - Dia Internacional da Língua Materna (UNESCO)
08 Março - Dia Internacional da Mulher
21 Março - Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial
21 Março - Dia Mundial da Poesia (UNESCO)
22 Março - Dia Mundial da Água
23 Março - Dia Mundial da Meteorologia (Organização Meteorológica Mundial)
24 Março - Dia Mundial da Tuberculose (Organização Mundial de Saúde)
07 Abril - Dia Mundial da Saúde (Organização Mundial de Saúde)
11 Abril - Dia Mundial da Doença de Parkinson
23 Abril - Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (UNESCO)
03 Maio - Dia do Sol (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)
03 Maio - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (UNESCO)
15 Maio - Dia Internacional das Famílias
17 Maio - Dia Mundial das Telecomunicações (União Internacional das Telecomunicações)
21 Maio - Dia Mundial para o Desenvolvimento Cultural
21 Maio - Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento
22 Maio - Dia Internacional da Biodiversidade
25 Maio - Dia de África
29 Maio - Dia Internacional das Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas
31 Maio - Dia Mundial do Não-Fumador (Organização Mundial de Saúde)
04 Junho - Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão
05 Junho - Dia Mundial do Ambiente (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)
17 Junho - Dia Mundial do Combate à Seca e Desertificação
20 Junho - Dia Mundial dos Refugiados
26 Junho - Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico de Droga
26 Junho - Dia Internacional das Nações Unidas de Apoio às Vítimas de Tortura
11 Julho - Dia Mundial da População (UNFPA/FNUAP)
1º Sábado de Julho - Dia Internacional das Cooperativas
09 Agosto - Dia Internacional dos Povos Indígenas
12 Agosto - Dia Internacional da Juventude
23 Agosto - Dia Internacional da Recordação do Tráfico Negreiro e da sua Abolição (UNESCO)
08 Setembro - Dia Internacional da Alfabetização (UNESCO)
16 Setembro - Dia Internacional da Protecção da Camada de Ozono
Última Semana de Setembro - Dia Mundial do Mar (Organização Marítima Internacional)
21 Setembro - Dia Internacional da Paz
01 Outubro - Dia Internacional do Idoso
05 Outubro - Dia Internacional do Professor (UNESCO)
09 Outubro - Dia Mundial do Correio (União Postal Universal)
16 Outubro - Dia Mundial da Alimentação (FAO)
17 Outubro - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
24 Outubro - Dia das Nações Unidas
24 Outubro - Dia Mundial da Informação sobre o Desenvolvimento
1ª segunda-feira de Outubro - Dia Mundial do Habitat
2ª quarta-feira de Outubro - Dia Internacional da Prevenção das Catástrofes Naturais
06 Novembro - Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Ambiente em Guerra e Conflito Armado
10 Novembro - Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento (UNESCO)
16 Novembro - Dia Internacional da Tolerância (UNESCO)
20 Novembro - Dia da Industrialização da África
20 Novembro - Dia Universal da Criança (UNICEF)
20 Novembro - Dia da Filosofia (UNESCO)
21 Novembro - Dia Mundial da Televisão
25 Novembro - Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres
29 Novembro - Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano
01 Dezembro - Dia Mundial da SIDA (Organização Mundial de Saúde)
02 Dezembro - Dia Internacional para a Abolição da Escravatura
03 Dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
05 Dezembro - Dia Internacional dos Voluntários para o Desenvolvimento Económico e Social
07 Dezembro - Dia Internacional da Aviação Civil (Organização Internacional da Aviação Civil)
10 Dezembro - Dia dos Direitos Humanos
11 Dezembro - Dia Internacional das Montanhas
18 Dezembro - Dia Internacional das Migrações

Anos Internacionais Proclamados pela Assembleia Geral das Nações Unidas
2003 - Ano Internacional da Água Doce
2004 - Ano Internacional do Arroz
2004 - Ano Internacional da Comemoração da Luta Contra a Escravatura e a sua Abolição
2005 - Ano Internacional do Microcrédito
2005 - Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
2006 - Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação
2007 - Ano Internacional da Heliofísica
2008 - Ano Internacional do Planeta Terra
2008 - Ano Internacional da Batata


Décadas Internacionais Proclamadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas
2005-2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável
2003-2012 - Década das Nações Unidas para a Alfabetização
2001-2010 - Década Internacional para uma Cultura da Paz e da Não-Violência para as Crianças do Mundo
2001-2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo
2001-2010 - Década para Reduzir a Malária nos Países em Desenvolvimento, particularmente em África
1997-2006 - Primeira Década para a Erradicação da Pobreza
1995-2004 - Década da Educação para os Direitos Humanos
1994-2004 - Década Internacional dos Povos Indígenas
1993-2003 - Terceira Década do Combate ao Racismo e à Discriminação Racial

quinta-feira, 15 de março de 2007

Direitos dos consumidores

Celebra-se hoje, o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor que consagra o reconhecimento internacional de que todos os cidadãos, independentemente da sua situação económica e social, têm direitos enquantos consumidores. Assenta-se que a informação sobre tarifas e preços deve ser simples, completa e transparente e de forma a promover a eficiência, bem como deve ser clara e objectiva de modo a permitir a liberdade de escolha do consumidor sobre as melhores opções de fornecimento. A informação sobre o preço e a qualidade do produto ou serviço é fundamental para que os consumidores tomem decisões e adoptem comportamentos ajustados às suas necessidades, optimizando e racionalizando o uso respectivo. Com a globalização dos mercados, os consumidores estão mais vulneráveis e independentemente da evolução que venha a registar-se no futuro em matéria da protecção dos consumidores mais vulneráveis, o direito deste grupo de consumidores a informação não discriminatória e adequada às suas condições específicas deve ser objecto de cuidados particulares. É neste contexto que se posiciona a maioria dos consumidores do continente africano. Além das declarações de circunstância, é importante perceber que o consumidor está entalado entre uma indústria de produtores e distribuidores que quer vender abundâncias e uma indústria do politicamente correcto e socialmente puritana que exige proibições. E há negócio em ambas as indústrias. O consumidor é hoje dissecado por hordas de cientistas que analisam tendências, padrões, fragilidades e moralismos em África, mas no convívio do dia-a-dia, procura e oferta de bens e serviços, por debaixo de tendas provisórias circula a sorte de consumidores, procurando inverter a marcha do tempo, de liberdades infinitas e do permanente mercado informal.

terça-feira, 13 de março de 2007

Crescimento d'África^2007

Para se ter sucesso, é preciso aprender com os outros e através deles. Aprender por exemplo, partindo da observação dos outros, é uma das formas mais básicas de aprendizagem. Desde a nossa infância, aprendemos a observar e ouvir os outros, aprendemos a andar, a falar, e a andar de bicicleta com os outros. Este processo de aprendizagem pode ajudar-nos muitas vezes a atingir objectivos difíceis e exigentes. Na economia de um país, temos também essa oportunidade de observar e aprender com os outros, com a intenção de adaptar aquilo que aprendemos às nossas próprias circunstâncias. Um ponto essencial a não esquecer é que, quando crianças, muitas vezes caímos ou não conseguimos dominar uma técnica nova logo à primeira tentativa. Na vida económica, podemos também precisar de usar da mesma perseverança para garantir o sucesso a longo prazo, ultrapassar as dificuldades e ser objectivos naquilo em que estamos envolvidos, compararando e compreendendo o que os outros estão a fazer para atingir os seus níveis de desempenho e ajudar a identificar os aspectos fundamentais que se deve considerar para melhorarmos o nosso próprio desempenho:

R - Ranking;
PC - Previsão de Crescimento PIB 2007;
C - Crescimento 2006;
CM - Crescimento médio (2001/05);
POP - População (em milhões);
PIB - PIB 2006 (milhares de dólares);
RH - Receitas por habitante 2005 (em dólares);
RC - Riqueza criada 2006 (milhares de dólares) .

Ao subirmos nesta espiral, constrói-se a capacidade de resolver problemas e enfrentar desafios cada vez mais importantes e exigentes e começa-se a atingir verdadeiramente o estatuto da classe mundial, capaz de competir ao mais alto nível.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Mulher africana

A comemoração do dia Internacional da Mulher é, por si só sintomático de que em pleno século XXI, a mulher ainda se confronta com múltiplas formas de discriminação e, devido a uma multiplicidade de factores sociológicos, psicológicos e outros. Tudo aconteceu em 1857. Operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica. Reivindicavam a redução do horário de trabalho de 16 horas por dia para 10 horas. Fechadas na fábrica, deflagrou-se um incêndio e 130 mulheres morreram queimadas. Cerca de 50 anos depois (1910), numa conferência internacional de mulheres na Dinamarca, foi instituído o dia 8 de Março como o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem àquelas mulheres. O movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma. No continente africano, o panorama da mulher continua trágico, apesar de pouco a pouco as mulheres começarem a aceder a uma independência económica confortável e a cargos de decisão e de poder. Porém, mesmo essas encontram-se, muitas vezes, em situações de dependência psicológica dos seus maridos ou companheiros, devido a estereótipos acenstrais que só serão passíveis de serem debelados com o passar de mais algumas gerações. Nas camadas mais desfavorecidas, as mulheres são duplamente sacrificadas, pois em regra para além das suas profissões tem que prover, quase sempre sós, ao governo da casa e ao cuidado dos filhos, quando não enfrentam, acrescidamente, muitas vezes em silêncio, a própria violência doméstica. Tudo isto, não obstante, ter-se vindo a fazer um esforço significativo na formação básica, erradicação de qualquer forma de violência desde a física e a psicológica, bem como a eliminação de estereótipos de género, designadamente incentivando as jovens a orientar-se para estudos não tradicionais, o que pode evitar que as mulheres sejam objecto de práticas tradicionais violentas a sua dignidade, enquanto mulher, e sejam também colocadas em profissões menos valorizadas e menos bem remuneradas. Entretanto, a verdadeira resolução desta questão não passa por despejar dinheiro em cima dos problemas, mas pela vontade de todos, sem distinção de género, de se avançar para sociedades mais justas, equilibradas, harmónicas e companheiras, tendo presente que a mulher, tem que ter consciência, de que quando chamadas a darem a sua opinião e não só, devem também fazer-se ouvir, numa altura em que surgem alertas sobre a multiplicação de casos de violação dos seus direitos a nível mundial, e há apenas 3 anos da comemoração do centenário.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Ética afirmativa

Falar em ética no continente africano, infelizmente, ainda soa a algo estranho, principalmente quando assistimos diariamente a muitos exemplos de acções e atitudes antiéticas praticadas, e que causam prejuízos a economia, particularmente ao cidadão comum, num mercado global cada vez mais exigente no que toca a transparência e a correcção de atitudes. No processo de acompanhamento da actual evolução, para não se ficar nas margens, é fundamental não ignorar a ética que pode comprometer a sobrevivência a médio e longo prazo. É necessário entender que a ética gera resultados e precisa ser disciplinada para se tornar na bíblia da conduta do dia-a-dia. A oxigenação ética, nos países africanos, é um caminho sem retorno. Deve-se colocar este ponto no topo das agendas de trabalho e deve-se consciencializar que a ética verdadeiramente praticada através de atitudes e acções diárias é um factor e uma vantagem competitiva importante para o crescimento e a imagem de um país. Os relacionamentos com a sociedade como um todo, estão cada vez mais delicados e complexos. São exemplos destes valores:
1) Integridade, honestidade e boa fé;
2) Idoneidade (estar apto para as tarefas);
3) Independência (nas funções e em relação a parceiros);
4) Responsabilidade (pelo trabalho e funções);
5) Competência (actuar de forma diligente e responsável);
6) Confidencialidade (sigilo profissional);
7) Equidade (igualdade de tratamento);
8) Lealdade (actuar com correcção e civismo).
O envolvimento de todos é fundamental. Motivar e agir sobre esta questão, passando a disciplinar a conduta, evita-se no futuro dores de cabeça que podem gerar custos significativos em termos da imagem. Custos estes, aliás, nunca verdadeiramente quantificados e demasiadas vezes desvalorizados. Não há resultados sadios sem atitude ética. O novo comportamento do mercado global irá delimitar com clareza ao longo do tempo, aqueles países que têm incorporado a aplicação de atitudes éticas no dia-a-dia, daqueles que nem sequer deram conta da sua importância. O desafio de incorporar uma ética corporativa saudável está baseado nos pilares de sustentação de uma economia. Credibilidade é o que se espera de todos, através de atitudes simples mas com forte componente ética.

quinta-feira, 1 de março de 2007

A união faz a força

Mudar o mundo. Foi há sensilvelmente 7 anos, na Cimeira do Milénio da ONU, que 189 Estado-membros da Assembleia Geral das Nações Unidas assinaram a Declaração do Milénio que visa a cooperação global respeitante às questões do desenvolvimento humano, a atingir até 2015. Oito são os objectivos traçados à escala mundial. Numa análise geral, para o continente africano, apesar de alguns avanços, restam oito anos de muito trabalho, para atingir os propósitos adoptados no ano 2000. Propósitos esses em que todos nós podemos - e devemos - cooperar. Uma tarefa árdua, mas não impossível. Há razões pelas quais vale a pena lutar. É fundamental que sejamos socialmente activos e participativos, até porque a responsabilidade social não diz respeito apenas a governos e empresas.
1. Acabar com a fome e a miséria. Como? Estimulando a agricultura familiar e comunitária de subsistência; apoiando iniciativas de distribuição e capacitação de mão-de-obra na elaboração de alimentos básicos; promovendo a merenda escolar...
2. Educação básica de qualidade para todos. Como? Apoiando programas de criação de oportunidades e estímulo no acesso ao ensino; prevenindo e erradicando o trabalho infantil; contribuindo para a melhoria dos equipamentos das escolas básicas; estimulando a permanência dos alunos nas escolas...
3. Igualdade de género e valorização da mulher. Como? Implementando programas de capacitação e melhoria na qualificação das mulheres; criando oportunidades de inserção de mão-de-obra feminina; valorizando o trabalho da mulher; eliminando as desigualdades no acesso a bens e serviços e de direitos entre homens e mulheres...
4. Reduzir a mortalidade infantil. Como? Apoiando programas de acesso a água potável às populações carentes; promovendo campanhas de consciencialização no combate à sida que visem a prevenção de crianças portadoras do virus; suportando programas de acesso a medicamentos específicos; prestando esclarecimentos sobre higiene pessoal e sanitária; aleitamento materno e nutrição infantil...
5. Melhorar a saúde materna. Como? Apadrinhando iniciativas comunitárias de atendimento às grávidas e no pós-parto; melhorando a saúde materna; facilitando o acesso a informações sobre planeamento familiar; doenças sexualmente transmissíveis, cancro da mama, gravidez de risco, nutrição...
6. Cambater a sida, a malária e outras doenças. Como? Investindo em campanhas de informação e mobilização; facilitando o aceso a medicamentos necessários, vacinas e a todos os meios de prevenção possíveis; melhorando as condições básicas de higiene e saneamento...
7. Promover a qualidade de vida e respeito pelo meio ambiente. Como? apoiando iniciativas de implementação de práticas ambientais sustentáveis e responsáveis; estimulando o colectivo para a reciclagem e reutilização de materiais promovendo a educação e sensibilização para esta temática; suportando projectos de pesquisa e de formação na área ambiental; desenvolvendo programas de tratamento de resíduos...
8. O mundo todo a trabalhar pelo desenvolvimento. Como? Estabelecendo parcerias mundiais para o desenvolvimento, reduzindo as diferenças existentes entre países pobres e ricos; pensando em formas de conquistar o acesso a mercados e tecnologias; abrindo o sistema comercial e financeiro para a livre concorrência; satisfazendo as necessidades especiais dos países menos avançados, nomeadamente com programas de redução ou cancelamento da dívida externa dos mais endividados; formulando e aplicando estratégias que proporcionem aos jovens um trabalho digno e produtivo...